EB1 de Cimo de Vila



CARACTERIZAÇÃO DO ESTABECIMENTO DE ENSINO

Caracterização do Meio

Caracterização da Comunidade Envolvente

Cimo de Vila é uma aldeia que dista 23 Km da cidade de Chaves, situada no planalto que antecede as terras da Lombada, perto de um lugar típico, conhecido pela “Pedra da Bolideira”. Tem o seu acesso principal ligado à estrada nacional nº103 que liga Chaves a Bragança. 
Com 15,96 km2 de extensão contém uma população de cerca de 500 habitantes distribuídos por 160 fogos.
É cabeça de freguesia para o conjunto de 713 eleitores dos dois povos – Cimo de Vila e Dadim.
É uma aldeia relativamente pequena, com um tipo de povoamento concentrado, com as características, na sua malha urbanística, de uma povoação marcada pela emigração, sem perder alguma tipicidade de aldeia transmontana.


 Caracterização socio-económico 

No aspecto económico, manifesta uma enorme dependência do sector primário, com actividades próprias de uma agricultura de subsistência, mas onde existem micro-empresas: uma cozinha tradicional de fabrico de fumeiro, 2 estufas de floricultura, pequenas vacarias de gado leiteiro, à mistura com produções de centeio, batatas, milho, castanha e vinho. Para além de gozar de um conjunto de boas infra-estruturas básicas, da sede da Junta de Freguesia, de uma extensão dos Bombeiros Voluntários Flavienses e de distribuição de correio diário, dispõe ainda de 3 mercearias e 3 cafés que proporcionam um maior convívio, principalmente aos Sábados e Domingos. Existem, porém, dois constrangimentos: a inexistência de um Centro de Dia para a sua população envelhecida e um posto médico que dê assistência às populações do aglomerado local e aos que o circundam. 

Caracterização sócio-cultural 

Na vertente cultural existem apenas as manifestações tradicionais das festas religiosas: a Santa Rita em Outubro, a 20 de Janeiro o São Sebastião; no mês de Junho, o Corpo de Deus; a 24 de Junho, o São João; no mês de Agosto, a festa do Senhor da Piedade - padroeiro da aldeia. Para além destas romarias, perduram as tradições da matança do porco, a “Noite de Consoada” (com os pratos tradicionais), o Natal, a Noite de “Passagem de Ano”, o Carnaval e a Páscoa.
Não há qualquer movimento associativo na área etnográfica, musical ou teatral.

Atividades desenvolvidas

1. Micróbios na decomposição - compostagem 

Compostagem mobiliza comunidade escolar em Cimo de Vila
No âmbito do projeto Ilídio Pinho, alunos e professores criaram condições para que os microrganismos trabalhem no sentido de transformar resíduos orgânicos sólidos em adubo natural, que pode ser aproveitado para as planas do jardim. A criação dessas condições passou pela construção de um compostor artesanal, que serve de depósito aos resíduos sólidos biodegradáveis (restos do refeitório, folhas e restos de plantas provenientes da poda), onde os microrganismos desenvolvem a sua ação, a compostagem.
 
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Podemos dizer de forma simples que na decomposição dos produtos, os microrganismos comem os resíduos orgânicos (contendo carbono) e decompõem-nos. Isto produz um húmus rico em fibras, contendo carbono, com nutrientes inorgânicos que servem de adubo natural. Os microrganismos para decomporem os resíduos precisam de oxigénio. Também precisam de água para viverem e se multiplicarem.
O processo da compostagem é benéfico para o ambiente porque reduzimos a quantidade de lixo nos aterros sanitários, ao mesmo tempo, podemos utilizar adubo natural em substituição do adubo químico. A título de exemplo, do estudo que fizemos, a nossa escola deixará de mandar, ao longo do ano, cerca de mil quilos de resíduos sólidos para o aterro sanitário.
Aqui deixamos um desafio. Se tem um pequeno espaço, faça a compostagem de resíduos sólidos! É fácil, é barato, não tem cheiros e todos ficamos a ganhar!





2. Higiene e saúde

Uma vez que as regras básicas de higiene pessoal, pública e doméstica resulta da existência de microrganismos e das suas características e o reconhecimento de que alguns deles podem ser agentes de doença. Pretende-se motivar a adopção de bons hábitos de higiene, entre os alunos, e passar igualmente a mensagem de que o contacto com alguns microrganismos pode ser benéfico. Esta menagem pode ser bastante mais fácil de interiorizar, por eles, quando a experiência lhes possibilita a aprendizagem e a compreensão da necessidade dessa atitude para se poder viver melhor.
Estes seres propagam-se das mais variadíssimas formas, utilizando para isso o contacto directo ou o indirecto.
Para melhor evidenciar a transmissão dos microrganismos começamos por simular (exageradamente) que tossíamos para uma das mãos e em seguida pegamos numa bolacha em cada mão. Trocamos as bolachas e perguntamos aos alunos qual delas preferiam comer.
A resposta que obtivemos foi: Nenhuma!
De seguida, os alunos colocaram as mãos numa folha branca e contornaram as mesmas.
Depois do contorno das mãos, a turma foi dividida em 3 grupos A, B, C com um número impar de alunos.
Um elemento de cada grupo passou a mão por gel colorido (simbolizava os micróbios). O elemento A cumprimentou os restantes membros do seu grupo.
O grupo B manuseou uma régua e um lápis. A régua passou de mão em mão de um lado da fila dupla enquanto que o lápis transitou pelos alunos do outro lado.
O elemento do 3º grupo C lavou as mãos com água e sabão antes de cumprimentar os elementos do seu grupo.


No final foi avaliada a presença do gel nas mãos dos alunos e coloriram o desenho realizado no início da experiência, colocando a mão em cima da folha.
Terminamos com um pequeno debate e concluímos: os micróbios podem ser facilmente transmitidos entre as pessoas e através dos objetos por elas manuseados.

3. Onde estão os micróbios?
Já pensaste onde estão e como se alimentam os microrganismos? Será que precisam de alimento estes organismos tão pequenos?
Claro que precisam. Todos os organismos precisam de alimento para o seu desenvolvimento e os microrganismos não são excepção. Para estudarmos os microrganismos precisamos de os fazer crescer num meio de cultura que deve ter as seguintes propriedades:
·         Ter uma quantidade de água suficiente (os nutrientes entram no interior dos microrganismos dissolvidos na água);
·         Deve estar esterilizado (não pode conter qualquer outro microrganismo);
·         Deve ter os nutrientes necessários para que os organismos tenham energia e possam crescer.

Nesta experiência vamos ver o crescimento e multiplicação dos microrganismos utilizando 5 placas de Petri com o meio de cultura já preparado, usando coisas do nosso dia-a-dia como: o ar, as mãos, a boca e um objecto de uso diário lápis.  

  
Placas de Petri                                 Explicando o que é uma placa                   Alunos passam a mão na placa
  
Passando o palito dos dentes                   placas identificadas                        Resultado final

Todas as placas foram devidamente fechadas e colocadas a incubar à temperatura ambiente durante uma semana. Após este período foi feita a observação e comparação do número de colónias, que cresceram depois da incubação.
Por fim, depois do crescimento das colónias de bactérias observamos que a única que não tinha bactérias ou fungos, foi a placa de Petri que nos serviu de controlo.
Concluindo então, que os micróbios estão em todo o lado e que precisam de alimento para se multiplicarem.
Os alunos ficaram admirados de que todos aqueles microrganismos vieram deles e de lugares muito próximo deles. Esta experiência foi muito entusiasmante... Todos ficaram encantados.

Micróbios nos alimentos (fermentação da massa  pão ou trigo)
    

Esta experiência serviu para demonstrar que o fermento  que estava na proveta, em contacto com o açúcar, transforma este em gás que enche o balão. O tubo em que não foi colocado açúcar não libertou gás e o balão ficou caído.
Esta experiência serviu de introdução para que os alunos percebessem que a fermentação do pão (na experiência seguinte), é um processo em que os microrganismos libertam o gás que forma pequenas bolhas na massa e que nós vemos depois do pão cozido (que em alguns sítios são conhecidos por olhos do pão).




Avaliação

O trabalho desenvolvido motivou e estimulou o interesse de alunos e professores para um melhor conhecimento do meio ambiente e da biodiversidade.
Despertou também a curiosidade e desenvolveu competências científicas a vários níveis, dos quais destacamos: o registo de observações, a formulações de hipóteses e análises de resultados.
Os alunos estão mais conscientes da importância da diversidade biológica, contribuindo, desta forma, para a promoção do respeito pela natureza.
As atividades desenvolvidas pareceram-nos importantes pelo facto deste tema colmatar algumas lacunas dos conteúdos programáticos, na área de estudo do meio (no primeiro ciclo do ensino básico), uma vez que os microrganismos raramente são abordados, ou, quando se aborda o tema, é quase sempre numa perspetiva negativa destes seres vivos. Poucas vezes se referem aspetos positivos, apesar dos inúmeros benefícios que também podem ter em dar vida à vida.